Objectivo - "Caminhos do Futuro"

Conheci Pardilhó há mais de 50 anos e a esta Vila estou ligado por razões familiares, onde possuo a minha segunda residência.

Aprendi a gostar desta

“Vila Ribeirinha no Coração da Ria de Aveiro”

e a viver a sua lenta evolução.

Muitos de nós, pensamos, falamos mas pouco actuamos. Falta-nos

O DESPERTAR

Foi este sentimento que me moveu a criar este Blog, onde, com respeito pelo passado, se analise o presente e dinamize o futuro.

Queremos desenvolver ideias, apresentar sugestões, ajudar a construir muito do que esta Vila carece.

Pretendemos também, chegar perto daqueles que lá longe, forçados a deixar a sua terra, nunca a esqueceram.

O futuro dos nossos sonhos está nas nossas mãos.

VAMOS DESPERTAR PARDILHÓ !

Ao criarmos a frase:

"Vila Ribeirinha no Coração da Ria de Aveiro"

Fizemo-lo para distinguir a nossa Vila no contexto geográfico em que a mesma se situa.

Se imaginarmos a Ria de Aveiro como um corpo humano, teremos a cabeça a Norte em Ovar e os pés a Sul em Terras de Mira.

Continuando a observar esse corpo, podemos constatar que no seu lado esquerdo se situa o coração, é PARDILHÓ.

Assim, ao usarmos esta frase, estamos não só a referenciar como a dignificar a nossa Vila.

Antes do que o Moliceiro e a Enguia, ela também está no coração da Ria!...

Se gostarem usem e abusem desta frase!

Pardilhó ficará agradecida.


segunda-feira, 1 de março de 2010





Seríamos incoerentes, se ao termos evocado  algumas figuras da nossa terra, não prestássemos homenagem a um poeta de Pardilhó, José Bento.
José Bento de Almeida e Silva, nasceu em Pardilhó a 17 de Novembro de 1932.
Fez os seus estudos primários em Pardilhó, com o Professor Reis.
Posteriormente estudou no Porto e em Lisboa, tendo concluído o curso de Contabilidade no Instituto Comercial de Lisboa.
Colaborou em diversas revistas literárias e no Jornal “O concelho de Estarreja”, tendo chegado a dirigir a revista “Cassiopeia”, que fundou com outros em 1955.
É nos anos cinquenta que se revela como poeta, afirmando-se como crítico literário, tradutor e grande divulgador da literatura Hispânica.
Foi um excelente tradutor de inúmeros poemas de língua espanhola, traduzindo Gabriel Celaya, Pablo Neruda, Cemuda, Quevedo, de entre outros.
Atingiu notável prestígio com a publicação de três colectâneas monumentais:
- “Antologia da Poesia Espanhola do Siglo de Ora”
- “Antologia da Poesia Espanhola das Origens do Século XIX” e
. “Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea”
Foi condecorado em 1992 pelo Rei Juan Carlos com a medalha de mérito das Belas Artes.
Em 1992, foi agraciado com a Ordem do Infante, concedida pelo Presidente da República Dr. Mário Soares.
Em 1996, recebeu a Medalha de Ouro de Mérito Municipal,
atribuída pela Câmara Municipal de Estarreja.
Do seu livro “Um Sossegado Silêncio”, que possuímos, extraímos dois poemas que temos o maior prazer em publicar. 


Jardim outrora meu e hoje alheio: 
canteiros depreciados 
pela junça, a nortada, a soledade, 
e mãos daninhas, mercenários, 
que dessangram o chão antes fecundo: 
corpos com nome de que ninguém se lembra 
que, embora quebradiços, 
caules maltratados mas rebeldes, 
aí vacilam, respiram, talvez cantem 
como eu desejaria 
◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘◘ 
A idade não nos despoja, 
cumula-nos como coisas: 
há cada vez mais retratos 
caras e livros por ler, 
flores negras, frutos brancos, 
sombras em quartos soalheiros, 
mais discos e luz insones 
a pedir sono e mãos próximas 
mais punhais
mais insidiosos 
contra corações 
mais plenos.


“A cultura está acima da diferença da condição social”
Confúcio

1 comentário:

  1. Por informação de um amigo consultei o seu syte, gostei dos relatos que faz da minha querida Vila de Pardilhó, estou de acordo quando diz:
    Antes do que o Moliceiro e a Enguia, ela também está no coração da Ria!...Um abraço

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