Objectivo - "Caminhos do Futuro"

Conheci Pardilhó há mais de 50 anos e a esta Vila estou ligado por razões familiares, onde possuo a minha segunda residência.

Aprendi a gostar desta

“Vila Ribeirinha no Coração da Ria de Aveiro”

e a viver a sua lenta evolução.

Muitos de nós, pensamos, falamos mas pouco actuamos. Falta-nos

O DESPERTAR

Foi este sentimento que me moveu a criar este Blog, onde, com respeito pelo passado, se analise o presente e dinamize o futuro.

Queremos desenvolver ideias, apresentar sugestões, ajudar a construir muito do que esta Vila carece.

Pretendemos também, chegar perto daqueles que lá longe, forçados a deixar a sua terra, nunca a esqueceram.

O futuro dos nossos sonhos está nas nossas mãos.

VAMOS DESPERTAR PARDILHÓ !

Ao criarmos a frase:

"Vila Ribeirinha no Coração da Ria de Aveiro"

Fizemo-lo para distinguir a nossa Vila no contexto geográfico em que a mesma se situa.

Se imaginarmos a Ria de Aveiro como um corpo humano, teremos a cabeça a Norte em Ovar e os pés a Sul em Terras de Mira.

Continuando a observar esse corpo, podemos constatar que no seu lado esquerdo se situa o coração, é PARDILHÓ.

Assim, ao usarmos esta frase, estamos não só a referenciar como a dignificar a nossa Vila.

Antes do que o Moliceiro e a Enguia, ela também está no coração da Ria!...

Se gostarem usem e abusem desta frase!

Pardilhó ficará agradecida.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010


  Na década de 60, Pardilhó dispunha de uma vida social e cultural activa, hoje praticamente inexistente.

No local onde se situa o Banco Espirito Santo, existia num velho prédio, um café propriedade do senhor Henrique Lopes Ramos, ao tempo também Maestro da Banda Pardilhoense.

Naquele local, verdadeiro ponto de encontro da aldeia, todas as noites, proeminentes figuras da terra se reuniam, entre advogados, médicos, jornalistas e outros.

Falava-se de tudo, estabeleciam-se contactos e cimentavam-se amizades.

Recordo de numa noite ter questionado o proprietário, se não pensava instalar uma televisão. E a resposta foi peremptória: ”Não, isto é um café selecto, é um local de convívio”.  E tinha razão!

Também naquela época, o Clube Pardilhoense oferecia-nos frequentemente, bailes sociais e récitas.  Bons momentos que fazem parte dos seus 102 anos de história,

Podendo ser um bom difusor da cultura, hoje  está reduzido à banda de música e ao grupo de música jazz. Como nos disse o seu presidente senhor Manuel Júlio Ramos, actualmente não têm  um programa de actividades, vivem apenas preocupados em angariar fundos para as obras da sede.

Também a Junta de Freguesia é incapaz de dinamizar actividades culturais, para além da gestão diária dos problemas que lhe são apresentados. Com um executivo de três elementos, não tem capacidade humana para ir mais além.

Face ao numero de eleitores, a lei não lhe permite ter um executivo mais dilatado. Contudo, pensamos que esta lacuna poderia ser resolvida se a Junta tivesse um assessor criativo e dinâmico para dar forma a várias sugestões culturais, que têm sido apresentadas.

Quem numa noite de Verão, se deslocar ao Centro da Vila, encontra um espaço agradavelmente bem iluminado, mas desertificado. Pardilhó necessita ter no centro da Vila, um bom café-pastelaria que receba bem os pardilhoenses e onde estes se sintam confortáveis.

Um novo PONTO DE ENCONTRO

Queremos continuar a ver os campos verdejantes, ainda que só de milho e a ouvir os pássaros cantar, mas Pardilhó merece mais, é preciso sair de uma evidente letargia.

Enquanto isso, PARDILHÒ continua a ser:


UMA BELA VILA ADORMECIDA.

2 comentários:

  1. Caro Vasco Martins,
    no meu ponto de vista é inadmissível dizer-se que numa terra como Pardilhó não há capacidade humana para ir mais além. Há sim falta de vontade e falta de espírito colectivo em Pardilhó. Há pessoas que pensam que tudo sabem e não aceitam as ideias dos outros. É por isso que as Colectividades vivem do esforço de quem pouco tempo tem para lhes dar, é por isso que as Assembleias de Junta têm a mísera participação do povo. Os Pardilhoenses são um povo com muito dinamismo mas que se tem vindo a perder cada vez mais ao longo dos últimos anos. Os poucos que tentam apresentar ideias e olhar para o futuro de uma forma mais arrojada são olhados de lado, são mal vistos. Há gente que não se interessa pelo bem estar da sua terra mas apenas pelo seu bem estar pessoal. Há gente que é capaz de prejudicar a sua própria terra para proveito próprio. Isto é um sinal dos tempos. Hoje em dia as pessoas nada ligam á promoção da sua terra e respectiva cultura. Apresentar ideias desta forma é falar dentro de um vazio. Ter um espírito crítico e construtivo nesta terra parece ser sinónimo de estupidez. Mas enfim, é preciso continuar a lutar contra este marasmo que se instalou na nossa Vila.
    Cumprimentos

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  2. Prezado Sr. Sérgio Pombo.
    Agradeço-lhe o seu comentário.
    Peço-lhe que leia com mais atenção o meu texto.
    Em momento algum escrevi ou pus em causa a capacidade humana das gentes de Pardilhó.Convivo com Pardilhó há cerca de 55 anos e tenho acompanhado os seus valores e a sua lenta evolução.
    Conheço também a génese de muitos dos seus problemas.
    Referi-me sim à incapacidade humana do executivo da Junta de Freguesia que com os seus três elementos não tem capacidade para ir mais além nas suas actividades.Considerei incapacidade na quantidade e não na qualidade.Sugeri até resolver esta lacuna com um assessor para a cultura.
    Numa recente reunião que tive com estes senhores,eles próprios me confessaram
    esta sua incapacidade.
    Espero que tenha ficado esclarecido,pelo que o seu reparo me parece inoportuno
    Mas que lhe dizer,quando por 3 vezes estive à porta do polo de leitura com hora marcada para entregar 140 livros novos que transportei de Lisboa e ninguém da Junta compareceu para os receber.
    Quando escrevi sobre INERCIA,fi-lo após constatar que durante um ano centenas de pessoas entraram e saíram da estação dos correios e não se incomodaram com o pavimento inacabado e perigoso em espacial para as pessoas de idade.Tive de ser eu a ir falar com o Sr.Presidente da Junta que resolveu o problema em 8 dias.
    Como vê existe em Pardilhó muita gente que fala mas que se mostram desinteressados pelas coisas da sua terra.
    É pois para esses ADORMECIDOS que destino os meus temas no desejo de contribuir para um futuro melhor o "DESPERTAR de PARDILHÓ.

    Aceite os meus melhores cumprimentos.
    Vasco Martins

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