“A Riqueza de uma Terra está no seu Povo”
Pardilhó, terra de gente laboriosa, viu ao longo dos tempos partir muitos dos seus filhos por falta de oportunidades locais.
Na procura de novos horizontes, esteve primeiro o Brasil, depois a Venezuela, os Estados Unidos e mais recentemente alguns países da Europa.
Foram, mas nunca esqueceram este cantinho que os viu nascer.
Pardilhó, de entre outras actividades, desfrutou outrora de uma conceituada indústria naval.
Aqui se construíram Moliceiros, Mercanteis e Bateiras, que indiferentes ao seu fim laboral, faziam parte do enquadramento paisagístico da mossa Ria, hoje quase extinta dessas embarcações.
Uma lei desajustada, criada pela inexperiência e promulgada em 2004, veio matar esta indústria, agora só licenciada para reparações.
Em Pardilhó, ainda persistem algumas actividades (poucas), cujas figuras típicas no presente, irão ser memórias do passado.
Daí, as querermos distinguir.
ANTÓNIO ESTEVES – Construção Naval
De uma indústria praticamente extinta, persiste a reparação de embarcações.
O Sr. ANTÓNIO ESTEVES, representa ainda um dos poucos que existem na construção naval, que tão importante foi em Partilho.
Não foi por acaso que durante vários anos, no edifício da actual Junta de Freguesia, funcionou a sede do Sindicado dos Carpinteiros navais do Distrito de Aveiro.
AIDA LOPES AFONSO – Artesanato - Tapetes
Ao longo dos seus muitos anos, continua a tecer os seus tapetes, muito procurados na residência da D. AIDA, situada no Largo da Igreja. Com imaginação, tem criado admiráveis desenhos, que têm sido transmitidos a algumas tecedeiras, a quem vai dando trabalho. Esta ainda é um exemplo de uma arte que infelizmente tememos não venha a ter continuidade.
MARIA ALCINA – Broa de Milho
Rico em fibras, o pão de milho, tem sido a alimentação básica de várias civilizações ao longo dos séculos. Em Pardilhó, a broa de milho é a da dona MARIA ALCINA que na sua loja, a caminho da Ribeira da Aldeia, diariamente, mantendo o seu tradicional e artesanal processo de fabrico, nos oferece quentinha a sair do forno.
O cavalo é um animal social, fácil de se fazer entender pelo ser humano, desde a sua utilização no trabalho até às práticas desportivas, não deixa de nos impressionar pela sua nobreza. O Sr. ARTUR PAIVA, no seu lugar à saída de Partilho, dispõe de belos exemplares, aos quais, em conjunto com o seu filho, dedica a maior atenção e carinho, podendo proporcionar-nos um agradável passeio na sua Charrete. Aqui está um polo, que pode ser desenvolvido para captar visitantes para a nossa Vila. E, porque não, a génese para um Centro Hípico Recreativo ?
A estas figuras, outras se seguirão !